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Tudo sobre ervas

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DESMISTIFICANDO O USO DAR ERVAS

Para entendermos como as ervas podem nos ajudar no dia a dia é preciso compreendê-las na forma que se apresentam.

ERVAS FRESCAS E ERVAS SECAS – DIFERENÇA

Há quem se divida nessa discussão. E não são poucos.Nas matriz africana afirmam piamente que as ervas secas estão mortas. Não admitem em hipótese alguma o uso desses exemplares da natureza já desprovidos de água.

São elementos que passaram por uma transformação. Da sua forma original foi retirado o líquido, a essência aquática. Mas isso não é ruim, não, pois é apenas diferente e muito apropriado para algumas práticas.

O fato da erva ter passado por esse processo transformador  fez com que ela carregasse em si o próprio fator da transformação. A energia fica muito mais concentrada.  Mas precisa ser acordada. É aí que começa a falta de conhecimento de quem as critica.

Acordar uma erva seca requer fé. É necessário acreditar que o elemento está vivo, ativo, vibrante e naquele momento está apenas em estado de dormência. As ervas secas normalmente são colhidas por pessoas que não conhecemos. Em situações que não sabemos. Por exemplo, não sabemos se, ao colher a erva, o indivíduo que o fez estava de tão mau humor, captando energias negativas do astral, que impregnou as ervas dessa essência densa.

E então, fazer o que ?                                                               .

Pois bem, foi dito que para colher a erva devemos nos dirigir com Amor e Bom Senso, muito respeito mesmo ao espírito vegetal. Esse mesmo espírito vegetal continua animando a erva depois de seca. Numa forma e essência diferentes.

Repetir a reza para acordar a erva: Amado Pai Criador de tudo e de todos nós, Amada Mãe Terra, força viva e geradora de tudo o que conhecemos e também do que desconhecemos. Sagradas forças vegetais, peço que tornem novamente essa erva força  viva e ativa, capaz de responder aos meus estímulos e solicitações de cura e amparo energético e façam  cada vez mais de mim, instrumento de vossa  vontade  maior.

Faça isso mesmo que mentalmente e irradie com as palmas de suas mãos em direção à erva, já desembalada e de preferência em um recipiente apropriado. O procedimento é o mesmo para a preparação de um chá.

Quando fazemos a evocação, mesmo nos preparos mais simples, aumentamos o poder curador, o poder fatorial fatoral, o verbo ou ação contida na erva.

Já para a erva fresca, o processo não é muito diferente. E veja, não estamos falando de dogma religioso. Falamos de procedimento correto, Amor e Bom Senso.

Veja no capítulo das rezas a mais adequada para recolher folhas e raízes. Lembre-se de que as ervas frescas, sejam as do seu jardim ou as compradas no comércio, estão carregadas de água.

E devemos também nos dirigir com respeito ao fator aquático contido nas ervas. Esse fator é muito importante para as práticas de magia.

É ele quem protege a essência vegetal, envolvendo-a em sutis vibrações do elemento aquático, permitindo que ela atue somente onde é necessária.

Aí vem a pergunta: e as pessoas que não estão lendo isso e praticam esses atos de magia? Será que nunca tiveram efeito real? Será que sempre fizeram isso errado?

Muito pelo contrário, de jeito nenhum. Apenas trazemos uma forma diferente, um resgate daquilo que nosso espírito ancestral já conhece e nós esquecemos por causa da nossa vida urbana e uma série de outros fatores.

É muito comum vermos as pessoas irem ao terreiro de Umbanda,tomar o seu passe com o guia, sair com uma lista de ervas para tomar banho e com aquela cara de interrogação. E agora, o que eu faço?

E não é incompetência  do espírito ali manifestado.  É falta de conhecimento prático. Com certeza para muitos esses escritos aqui é “chover no molhado”, ensinar o “padre nosso pro vigário”. Mas muitos se beneficiarão, e beneficiarão aos seus semelhantes também com essas dicas de simplicidade.

Resumindo, qual a melhor erva para se trabalhar? A seca ou a fresca?

A resposta é: “A QUE ESTIVER À SUA MÃO”

A que for mais fácil para você, exceto é claro, se for algo muito específico. Por exemplo, a pessoa passou por uma consulta espiritual, no seu centro, terreiro, ou templo de confiança, com seu médium ou terapeuta de confiança, e o guia lhe pediu para fazer algo especificamente com ervas frescas ou secas. Aí a conversa é outra. Se você real­mente confia naquilo que está ouvindo ali, faça. Não discuta. Mas se pairar alguma dúvida, peça outra opinião, ou siga as recomendações que damos aqui.

E lembre-se, nunca fazemos defumação com erva fresca. Comentamos que a erva fresca carrega muita água ainda, não é? Então não colocamos água no fogo. Isso é bom senso. Temos ainda as resinas vegetais, que usamos apenas para defumação, pois seu uso nos banhos pode ser substituído pelas essências das mesmas ervas, quando são imprescindíveis. Entre as resinas mais conhecidas temos o Incenso (Olíbano) de cor amarelada, a Mirra em tons avermelhados, e o Ben­joim em cor acinzentada.

Deixo o uso dessas resinas apenas para defumação, pois realmente temos um conjunto muito bom de ervas à disposição e podemos realmente encontrar para os banhos os elementos contidos nessas seivas endurecidas, em folhas, cascas, raízes, sementes, flores e frutos.

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CLASSIFICAÇÃO  DAS  ERVAS  PARA MAGIAS  RITUAIS

 

Classificar as ervas não é tarefa fácil, e aqui não queremos nem facilidades muito menos ser os donos da verdade.

Algumas tentativas de apresentar um sistema  classificatório para as ervas de uso ritualístico sempre esbarraram na dinâmica dos contextos em que estavam inseridos. Em magia natural, é comum encontrarmos os escritos estrangeiros, alguns por sinal de muito boa qualidade, mas voltados a uma flora pertencente a outro hemisfério.

No xamanismo é comum vermos ervas associadas aos seus processos de magia,  mas presas a rituais próprios  de indígenas americanos que não tem nada em comum com nossas terras. Na cultura africana, muito presente aqui no Brasil, um sistema de identificação e uso das ervas traduzidos da sua oralidade para uma realidade distinta, para poucos iniciados. Da nossa própria cultura regional, a identificação das ervas por nomes populares distintos e variáveis.

Então encontramos diversas tentativas de apresentação de uma relação das ervas com sistemas que visam identificá-las quanto à energia, vibração e ressonância.

Vemos por exemplo relações entre:

  • Ervas e Orixás.
  • Ervas e Planetas.
  • Ervas e Signos do Zodíaco. Ervas e Dias da Semana Ervas e Cartas do Tarô. Ervas e Runas.
  • Ervas e Santos Católicos.
  • Ervas e Deuses da Mitologia Grega, Romana, Nórdica, Celta. Ervas e Mestres Ascencionados.

E muitas outras.

E qual está certa? Todas? Nenhuma?

Quando disse que aqui não queremos a propriedade da verdade, é porque não há verdade absoluta quando se tratam do conhecimento do elemento natural, processos de magia e seus rituais e não por que temos dúvidas do sistema aqui adotado.

Podemos traçar uma direção correta para o bom uso das ervas, uma forma e sistema de identificação coerentes que façam com que o uso do elemento seja racional, claro, e não simplesmente porque alguém fez e deu certo. Para se entender em profundidade o universo das ervas é importante um ponto de vista definido e estudá-las em suas relações com o mundo exterior, as religiões, outros pontos de vista, enfim, suas relações com o homem, o ser humano. Vamos falar de ponto de vista e para isso vamos olhar do prisma dos cultos de matriz africana.

Uma identificação sistêmica da vibração de uma erva pode ser feita a partir do seu formato ou da sua cor. Já vimos essa afirmação em vários livros, verdadeiros tratados de magia, ocultismo e religião. Percebemos também identificações pelo local onde a erva cresce. Se for à beira dos rios e lagos, se for à encosta de uma pedreira, as identificações seguem a relação do Orixá ao ponto de forças na natureza.

Se a cor predominante das ervas é o verde (folhas), no entanto tem partes de outras cores, como seiva, caule, casca do tronco, flores, sementes.

Portanto, poderíamos afirmar que todas as folhas de cor verde, que são maioria, pertencem vibratoriamente ao Orixá Oxóssi, pois a sua cor simbólica para nosso meio humano é o verde, então essa manifestação é a expressão das vibrações dessa divindade em nosso mundo material.

Folhas  são  de formatos  diferentes,  aromas  diferentes,  agentes fitoquímicos diferentes, então como explicar a relação erva x Orixá?

Vamos por partes:

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CLASSIFICAÇÃO DAS ERVAS NA CULTURA IORUBÁ

SEGUNDO : PIERRE  VERGER “CULTOS DE MATRIZ AFRICANA”

 

Há um relato interessante de Pierre Verger sobre a descoberta e seu entendimento sobre a ação ou os verbos atuantes nas ervas.

Em  seu  trabalho  de pesquisa,  recebeu  centenas  de folhas  de vários babalaôs e cada uma dessas folhas vinha acompanhada de um “ofó”, ou uma frase curta, de efeito, onde figurava senão o nome da folha, o verbo atuante, de forma figurada e silábica mesmo, como uma expressão idiomática, ou poderíamos considerar uma gíria. Essa expressão era a dinâmica do funcionamento da erva, portanto, a oralidade importantíssima para desencadear o “verbo atuante” como função prática no preparo de magia, seja ele banho, chá, encantamento, ou outra forma religiosa ou magística.

Como o próprio cita, descobrir isso foi como a “Eureka de Ar­quimedes”. A essência do verbo atuante inserida no nome das folhas é um fantástico e criativo sistema de proteção do conhecimento.

Verger viveu num universo de oralidade, e seu ponto de vista em relação ao funcionamento das ervas, é claro, foi baseado em suas observações e naquilo que permitiram que ele visse.

Para os iorubás, conhecer o princípio de ação dos elementos é ligá-los aos odus correspondentes,  formando um conjunto de 256 combinações  estabelecidas em elos verbais, nos quais o nome da planta, a ação terapêutica, a ação mágica esperada,  e o signo  (odu)  que determina sua classi­ficação, são vitais para ajudar o manipulador, no caso o babalaô, a memorizar os conceitos e conhecimentos, e desenvolver habilidades e formas de trabalho individuais a partir desse sistema coletivo.

Todo esse conhecimento  foi e é ainda hoje transmitido  unicamente de forma oral, pois para a tradição iorubá, a força das palavras carrega o axé, o poder, que não tem a mesma potência no texto escrito. Essa transmissão, de mestres a discípulos, de pais a filhos, é feita em versos curtos, e basicamente sem sentido para os leigos no assunto.

Esses versos carregam verdadeiras determinações mágicas. Através de pequenos vocábulos e frases como: a folha que pega o filhote, não carrega desprezo e cura quem caiu na valeta por onde escorre a água; que num primeiro momento não diz coisa com coisa, mas embutido nela está a determinação para a folha; que não é citada diretamente pelo seu nome, mas sim de forma velada; desencadear um processo de cura para quem foi atingido por mau olhado e caiu vibratoriamente e negativou seu emocional. É claro que acima eu dei um exemplo criado por mim, e que não é um ofó, uma reza existente no conjunto conhecido em iorubá, mas se encaixa perfeitamente no que foi dito.

Mistérios velados, não apenas na cultura iorubá. Também encontramos esses versos nas poéticas composições gregas e para os antigos chineses que se serviam de pequenos trechos históricos, estereotipados, cuja origem estava na sabedoria popular. Isso poderia num primeiro momento remeter a um entendimento primário, mas o que realmente objetiva essa prática é o largo entendimento a partir da força já disseminada pela oralidade.

Não nos cabe dizer se está correto ou não esse método de ati­vação, mas dentro do contexto religioso iorubá, é indiscutível. Um método de tradição milenar não sobreviveria sem fundamento.

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ERVAS QUENTES, MORNAS E FRIAS

 

Somos seres que precisamos de parâmetros lógicos, que teçam a matemática das coisas e dê sentido ao que fazemos.

No passado era comum vermos nos terreiros de Umbanda e Candomblé o médium ou filho de fé querer entender em compreensão alguma coisa e receber como resposta simplesmente- Você não pode saber isso! Ainda não é hora! Isso é segredo! Obedeça, faça e não pergunte. O mundo mudou, a mediunidade tem mudado ano a ano. A velocidade da informação é outra, os mecanismos de busca na internet trazem um novo sentido ao oráculo. Busque no Google o que precisa e encontrará milhares de respostas. Se estão corretas ou não é outra história, mas praticamente toda pergunta tem uma resposta.

Já não podemos simplesmente engolir a seco um ritual determinado por um sacerdote sem perguntar “como e por quê?”.

Para que serve? Que erva é essa?

Estamos mais críticos e criteriosos em nossas escolhas.

Para  estabelecer  um  parâmetro   inteligível  de compreensão das ervas quanto ao seu campo de ação criamos as seguintes categorias de ervas:

  • Quentes ou Agressivas;
  • Mornas ou Equilibradoras;
  • Frias ou Específicas;

Onde temos as temperaturas, há de se prestar muita atenção, pois NÃO  SÃO TEMPERATURAS  FÍSICAS  DAS  ERVAS! Você  não encostará um galho de arruda e sentirá calor físico; poderá sim sentir uma sensação espiritual de calor, o que é diferente.

Essas temperatu­ras são para estabelecermos parâmetros de comparação, pois quando falamos em “quentes”, lembramos, por exemplo, da água quente usada para lavar uma panela muito engordurada, que não ficaria facilmente limpa somente com detergente e água fria.

Vamos ilustrar a questão já falando das ervas quentes ou agressivas:

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CONSIDERAÇÕES  IMPORTANTES  SOBRE AS ERVAS QUENTES OU AGRESSIVAS

CUIDADOS

Os principais cuidados para o uso ritualístico com ervas quentes ou agressivas são em relação aos banhos.

Nessa categoria se encontram várias ervas com grau de toxidade que devem ser avaliadas caso a caso. Na dúvida, se a pessoa já for alér­gica a outros elementos, alimentação, perfumes, etc. pegue uma parte bem pequena da erva e esfregue na pele do braço o suficiente para que este contato, em caso de alergia, desencadeie uma reação cutânea.

Tomar cuidado com os olhos, nariz, boca e ouvido. Banhe a cabeça deixando o banho cair para trás, para as costas. Foi justamente isso o que nos motivou a usa esse termo ”agressivas” para essa categoria de ervas, pois se elas forem usadas sem critério podem se tornar agressivas para nós, seres humanos. E o que queremos é que sejam agressivas contra as atuações negativas e seus acúmulos energéticos.

Essa regra se aplica basicamente aos banhos corporais. Nas defu­mações, bate-folhas e banhos para casas não precisamos ter essa pre­ocupação.

Quem já tomou um banho de ervas com a intenção de limpar, descarregar, quebrar demandas sabe que há uma reação comum, uma sonolência e queda de ânimo após a ação.

Por isso a recomendação que esses banhos devam ser tomados antes de dormir, em qualquer horário, mas após tomá-lo evitar ao máximo sair de casa por pelo me­nos 6 horas corridas.

Algumas ervas como o comigo-ninguém-pode, por exemplo, exigem cuidado até para o manuseio, pois desencadeiam processos reativos muito desagradáveis.

 

FREQUÊNCIA

Naturalmente vai depender do meio em que a pessoa está. Sendo um sacerdote, médium, atendente espiritual, terapeuta que lida com o público e está em constante ação transformadora na vida das pessoas, trabalhando para o bem comum, o banho semanal de descarrego é o ideal como média. Há casos em que se fazem necessários banhos abaixo dessa periodicidade semanal, mas devem ser avaliados caso a caso e devem ter acompanhamento criterioso.

Dou um exemplo de um casal, que trabalhavam ambos como agentes penitenciários e ainda eram médiuns de atendimento em um terreiro de Umbanda. Sua dúvida era quanto à necessidade de tomar banhos de ervas “diários” para se limpar energeticamente das cargas negativas absorvidas no dia a dia.

Eu digo que nesse caso, bem isolado, o banho funcionará como um antibiótico, ou seja, num primeiro momento irá debelar a infecção, mas se usado de forma constante o organismo irá acostumar e deixará de fazer o efeito necessário depois de algum tempo.

Vejo com mais eficácia o banho semanal, de preferência antes do trabalho espiritual no terreiro, que por definição deverá funcionar como um limpador e descarregador de ambos, e o uso de outros meios ritualísticos para proteção, como guias ou colares de sementes ou pedras, óleo ou azeite com ervas passado no topo da cabeça (chacra coronal) no intervalo entre esses banhos, assim como outros elementos e recursos, materiais e espirituais.

É obvio que teremos questionamentos quanto ao padrão mental que deverá ser estabelecido por alguém nessa situação, que funciona naturalmente como um escudo protetor contra essas vibrações negativas do meio em que vivem.

Nesse caso, lembramos que somos seres espirituais em uma experiência humana, e assim passíveis de emoções de toda a natureza. É obvio que a manutenção da harmonia, paciência e paz espiritual são fatores preponderantes para que se mantenham vibratoriamente bem.

Casos  complexos  como esse servem  como desafio e laboratório e esse em especial  serviu  para aperfeiçoarmos  o entendimento  de algumas ervas no  uso cotidiano.

Já as pessoas que não têm um envolvimento direto com as linhas de choque  energético como citei anteriormente,  médiuns, terapeutas, etc., podem tomar seus banhos de descarrego a cada três ou quatro semanas, sem problema algum.

Veremos após a explicação sobre as ervas mornas ou agressivas como combinar essas duas categorias para o uso constante, com perio­dicidade diferente.

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TEMPO  E  INTERVALO

As ervas quentes, esses verdadeiros ácidos astralinos, criam um campo de ação num banho que envolve a pessoa e a coloca numa “frigideira” astral.

Seus corpos espirituais ficam imersos num plasma energético em que são fritados pelas ondas de energia e magnetismo do com­posto, que anulam os acúmulos negativos, destroem a composição de larvas  e miasmas,  dissolvendo-os,  eliminando-os  e recolhendo seus resíduos pelos mecanismos do prana ou éter.

Esse processo, em média, dura oito horas contínuas. Falo em média, porque podemos estabelecer uma margem para mais ou menos de 25°/o. Poderíamos dizer que um banho de ervas quentes fica no pico máximo de ação de seis a dez horas após sua administração.

Baseado nisso, observamos OITO HORAS como o intervalo MÍNIMO entre banhos de ervas para descarrego.

É preferível unir ervas quentes e mornas num mesmo banho do que tomar um banho de limpeza espiritual (quentes) e em se­guida um banho de reposição energética (mornas).

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QUANTIDADE

O número de ervas a ser usado num banho também depende dessa necessidade. Estamos falando de banhos exclusivamente com ervas quentes ou agressivas, portanto essas regras  colocadas  aqui não devem er generalizadas às outras categorias nem ao uso com­binado  de quentes e mornas.

É estabelecido pelo senso comum que sete é um bom número.

E isso porque falamos de sete ervas da Jurema, das sete cores do arco-íris, das sete notas musicais, dos sete Tronos de Deus, enfim do setenário sagrado.

Sete ervas quentes em um banho ou defumação é um poderoso arsenal para guerra energética.

E preferível, num tratamento contínuo de três dias, usarmos três ervas diferentes por dia, totalizando nove ervas, do que usar nove ervas juntas durante os três dias.

Vamos ao exemplo prático de banho/tratamento com ervas quentes ou agressivas para descarrego energético:

  1. dia arruda, guiné, pinhão-roxo;
  2. dia erva-de-bicho, espada-de-são-jorge, aroeira;
  3. dia casca de alho, buchinha-do-norte, dandá;

Esse exemplo é de um ritual de limpeza profunda, recomen­dado para casos extremos de obsessão espiritual, atuação de magias negativas ou  cascões  energéticos  densos.  Estas  ervas  citadas  são referência e podem ser usadas como exemplo.

Nós poderíamos unir as nove ervas e tomar três banhos sim­plesmente. Vemos os guias espirituais quando recomendam rituais dessa forma seguirem a regra mais simples, na maioria das vezes para que o consulente não desanime e abandone o processo por achar que é “muito complicado”.

As entidades espirituais que nos auxiliam aqui no plano físico são profundos conhecedores da nossa natureza humana e traba­lham prevendo o que pode acontecer com nosso ânimo, usando muitas vezes um recurso que pode parecer mais agressivo, mas pre­cavendo a falha na rotina estabelecida. Um bom número de ervas para um banho de limpeza profunda é três.

Um bom número de ervas para uma defumação completa é sete.

Um  bom  número  de ervas para  um  bate-folhas  é o número que voce tiver na mão: 3, 5, 7, etc

Usamos para os descarregas energéticos número ímpar de ervas, pois assim nosso mental que está desenhado já com essa infor­mação, de que o ímpar é desagregador e não combinante, funciona a nosso favor criando uma imagem mental de banimento, anula­ção, eliminação dos fatores indesejáveis pelo ritual.

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DIREÇÃO

Uma defumação de descarrego deve ser feita de dentro para fora de casa, ou na direção da porta de saída.

Esse procedimento é o famoso banimento, ou envio das vi­ brações negativas, espíritos, forças, para fora de casa. Como disse anteriormente, nosso mental está programado para entender assim: eu ponho para fora o que não quero aqui dentro”, ou o que me pre­judica. Literalmente expulsar o mal. Na prática, quando ativamos um ritual somos curadores. Curar não no sentido médico literal, mas no sentido espiritual que é muito mais abrangente. Curar é transformar, mudar uma situação, envolver espíritos sofredores, obsessores, perdidos no meio humano, envolvidos pelo seu próprio cascão energético que faz com que não vejam a realidade à sua volta e sigam instintivamente perdidos nos seu escuro consciencial.

Curar  não é mandar  embora. É envolver,  transformar, regenerar, acender a chama da vida, conscientizar e remeter aos meca­nismos da Lei Divina que regem a continuidade de evolução dos seres e meios.

Portanto, se você preferir e tiver certeza que sua mente não o direcionará para a crença de que o contrário não funcionará, pode defumar no sentido que quiser. Eu acredito que a maioria de nós usa esses argumentos paramétricas para manter o foco na magia, no ritual.

Continuo fazendo minhas defumações no sentido  da porta, pois como disse, meu foco é a magia e mesmo sabendo que estou curando, isso me faz bem e me mantém ligado no resultado e não no processo em si.

A gente toma o banho de cima para baixo, pois respeitamos a lei da gravidade; fazemos os bate-folhas nas pessoas de cima para baixo, pois entendemos que estamos limpando e o que não quere­mos que fique naquele corpo que caia ao chão. O processo é simples e o entendimento dele também, basta um pouco de observação.

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MITOS E VERDADES

Há alguns mitos em relação a banhos e defumações de des­ carrego. Um deles bem conhecido é que depois da aplicação de um banho de descarrego devemos lavar o chão do banheiro com sal, ou até mesmo açúcar para que o resíduo da descarga astral não pegue em outras pessoas.

Quando preparamos um banho, os elementos ali usados são os absorvedores de toda e qualquer forma de vida consciente ou não, larvas, miasmas, cascões energéticos negativos enfim, que são atraí­dos, envolvidos, dissolvidos e reabsorvidos pelos mecanismos da lei que regem as coisas espirituais e energéticas da natureza e anulados no lado etérico da vida, não restando nada no plano material que possa pegar em outra pessoa. Outro mito é o de após a defumação, a lata de carvão ou o turíbulo devem ser colocados no alto. Pode e deve ser colocado no chão, primeiro para prevenir acidentes, segun­do porque é muito mais prático, e o fato de estar no chão não causa absolutamente nenhum prejuízo energético ao processo.

Um mito muito importante a ser observado é o uso dos ba­nhos de descarrego durante o período menstrual. O mais impor­tante é que a pessoa se sinta bem com o processo. Deve ser sempre de acordo com a convicção da própria pessoa, e nunca uma im­posição externa, pois não há nesse processo orgânico natural para todas as mulheres nenhum impedimento espiritual, desde que a própria não se incomode com isso.

Muitas pessoas associam o sangramento à impureza orgânica, portanto a mulher não pode trabalhar mediunicamente. Eu sempre dei­ xo isso a cargo da própria pessoa, se está sentindo-se bem para trabalhar, se sentirá melhor ainda sendo útil.

Uma opinião bem pessoal, sempre o sistema patriarcal  impõe sua vontade social e religiosa criando esses mitos. Falar de impureza ou des­qualificar a posição das mulheres é fácil, mas observar que normalmente as pessoas que adotam esses critérios não medem esforços para criticar seus irmãos de religião,  seus vizinhos e familiares,  invariavelmente  de forma  muito  dura  e julgadora,  então, paira  a dúvida, quem mesmo  é impuro? Algumas  mulheres  não  molham  a cabeça  nesse  período  por uma questão tradicional pessoal, que as impede de tomar o banho com­pleto. E mesmo fora desse período, podem evitar molhar o cabelo por questões estéticas.

Nesse caso, recomendo que pelo menos molhem as pontas dos dedos no banho e esfreguem no centro da cabeça e na testa (chacra coronal e frontal).

Existem centenas de outros mitos em relação ao uso das ervas, principalmente essas de descarrego. O importante é que se use o bom senso e não fique preso a eles, dando mais importância ao que os outros falam do que ao resultado esperado pela realização do ritual.

Muitos desses critérios vêm de uma época em que as mulheres ficavam em segundo plano nas decisões religiosas.

A afirmação que gestantes não podem tomar banho de ervas quentes é verdadeira. Devemos evitar, por questões puramente energéticas, e também porque o período gestacional proporciona para a mulher uma proteção natural pelos mecanismos da Lei Divina, ou seja, os banhos de descarrego são desnecessários. Salvo em casos extremos de obsessão cármica, que são tratados dentro dos ambientes religiosos e com acompanhamento cauteloso por parte dos guias espirituais e médiuns experientes. Crianças menores de sete anos não precisam tomar banhos de ervas quentes. Nesse caso as ervas mornas desempenham a limpeza necessária. Mas se eventualmente passarem por esse ritual, não terão nenhum inconveniente além dos descritos também para os adultos.

Entre os sete e os doze anos de idade os banhos mistos, com ervas quentes e mornas, são os mais indicados. A partir dos doze anos de idade o tratamento é igual ao dos adultos.

Isso se deve ao amadurecimento dos centros de forças, podendo

essa regra ser alterada de acordo com a necessidade percebida principal mente pelos guias espirituais em tratamento de situações cármicas.

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REZAS

É importante para quem vai manipular as ervas, ou outro elemento que exija uma reza evocatória, que a reza possa ser modificada de acordo com seu coração.

Isso mesmo, a ordem das palavras não altera o conteúdo, ou seja, se você preferir evocar de outra forma, não há problema, desde que se preste atenção na força, ou divindade evocada.

E melhor ainda, faça suas próprias evocações baseadas nas que colocamos aqui como exemplo e adapte suas palavras de acordo com o que fique mais fácil para você memorizá-las.

Vamos a alguns exemplos:

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EVOCAÇÃO BÁSICA GERAL

Eu evoco Deus, nosso amado Pai Criador, evoco a Mãe Terra, vossas forças vegetais, o sagrado espírito vegetal e peço que abençoe esse banho, defumação, chá, etc., para o meu benefício e benefício de meus semelhantes, assim seja, e assim será.

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PARA ACORDAR AS ERVAS SECAS (I)

 

Amado Pai Criador de tudo e de todos nós, Amada Mãe Terra, força viva e geradora de tudo o que conhecemos e também do que desconhecemos. Sagradas Forças Vegetais, peço que envolvam estas ervas, este preparo, tornando-os força viva e ativa, capaz de responder aos meus estímulos e solicitações de cura e amparo energético e façam cada vez mais  de mim,  instrumento  de vossa  vontade  maior. Assim seJ.a e asst.m sera’.

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PARA ACORDAR AS ERVAS SECAS (II)

 

Salve Pai Criador, salve Mãe Terra, Salve as Sagradas Forças da Natureza. Peço vossa bênção nesse preparo, e que ele seja vivo e ativo para o benefício de… (fazer o pedido, a determinação). Pela vossa gló­ ria e amor ao seu nome. Assim seja e assim será.,

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PARA ACORDAR AS ERVAS SECAS (III)

Pai Criador de tudo e de todos nós. Amada Mãe Terra, prove­dora de todo elemento vegetal. Sagradas Mães das Águas, força da vida que a tudo anima, peço que abençoe essas ervas secas, tornando­-as vivas, ativas e vibrantes, imantadas com vossas sagradas energias elementais, e seja a partir de agora elemento pronto para receber as determinações por mim proferidas. Assim seja e assim será.

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PARA COLHER A ERVA VERDE  (FOLHA)

 

Eu evoco nosso amado Pai Criador, Amada Mãe Terra, sagradas forças vegetais, os sagrados guardiães das ervas, os elementais da natureza e peço licença para recolher partes dessa erva, para  que  com  sua força viva, possamos curar… (aqui se fala para que a erva será usada). Peço  que  essa  planta  seja envolvida  em  irradiações  divinas  e não sinta dor para doar essas folhas. Peço vossa bênção e vosso amparo, assim seja e assim será.

Corte as folhas com uma faca ou tesoura bem afiados, de pre­ ferência em um corte só e o mais rápido possível. Ao retirar as folhas, usá-las  o quanto alntes.

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PARA COLHER A RAIZ

 

Salve Senhor Nosso Deus, Salve a Terra, Salve a Terra, Salve a Terra. Sagrada Mãe Terra, sagradas forças guardiãs da terra, peço li­ cença para retirar de vosso elemento, essa raízes, forças vivas que serão úteis para… (fala-se onde será utilizada a raiz) e assim poder ajudar e curar nossos semelhantes. Assim seja e assim será.

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PARA ATIVAR A DEFUMAÇÃO

 

Divino   Pai Criador, Mãe Terra, forças da Jurema, peço que abençoem essa defumação tornando-a força viva e ativa para a lim­ peza e equilíbrio dessa casa, e das pessoas aqui presentes. Assim seja, e assim sera.

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PARA SE PREPARAR PARA UM TRABALHO COM ERVAS

 

Ajoelhar-se e com as palmas das mãos voltadas para o alto: Senhor meu Deus, meu Pai Criador, Amada Mãe Terra, Amados mestres inspiradores do astral superior. Grande foco divino que a tudo anima, peço que me envolva nas vossas vibrações de luz, de amor e caridade e faça de mim uma extensão do vosso amor e de vossa força curadora, para meu benefício e de meus semelhantes. Assim seja e assim será.

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PARA BATER AS FOLHAS

Com o maço de ervas na mão, pronto para ser usado: Pai de Amor e Caridade, transforma esse seu filho, nem sempre consciente de sua missão, em instrumento vivo de vossa vontade, para aqui, com essas ervas na mão, elas sejam força viva e ativa, limpadoras e absorvedoras de todo miasma, toda larva astral e toda forma de vida conscien­te e inconsciente que estejam prejudicando esse ambiente. Peço que se houver formas espirituais presas nesse ambiente, sejam libertadas, curadas e assim possam retomar seu caminho evolutivo, pela vontade de Nosso Criador. Assim seja e Assim será.

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OUTRA REZA PARA BENZIMENTO

 

Deus que te fez, Deus que te criou. Nossa Senhora que tira esse mal que te entrou. Repita 3, 7 ou nove vezes, ou enquanto passa o maço de ervas na pessoa.

Obrigado. Assim seja e assim será.

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ACENDENDO UMA VELA

 

Amado Pai Criador, Pai Doador da Caridade Universal. Fazei dessa vela um elemento vivo e ativo, capaz de absorver todo e qualquer miasma larva astral, dessa casa, ambiente, local de trabalho (ou pesso­ as), e recolher a seu lugar de transformação e merecimento, de acordo com a vontade divina. Obrigado. Assim seja assim será.

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ATIVANDO UM BANHO (ou CHÁ)

 

Senhor Deus, meu amado Pai Criador, Amada Mãe Terra, Amada Mãe Agua, Sagradas Forças Vegetais, peço de coração que abençoem esse banho {ou chá). Que ele seja verdadeira força viva em minha vida, em meu campo energético, proporcionando saúde espiritual e física, limpeza astral, e que todas as formas de vida atuando negativamente em minha vida sejam alcançadas por ele e assim tenham também em sua vida os efeitos positivos dessas ervas. Obrigado. Assim seja e assim será.

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AGRADECIMENTO  FINAL

 

Pai Criador, Mãe Terra, Forças da Natureza Vegetal, Forças aqui evocadas, senhores guias, mentores e direcionadores do astral espiritual, eu vos agradeço de coração e peco que tenham em mim, um instrumento sempre pronto a servi-los e servir meus irmãos semelhantes, em sua jor­ nada evolutiva. Obrigado, obrigado e obrigado. Assim seja e assim será.

Não esquecendo que para toda reza é necessária uma postura de seriedade e concentração.

A reza pode ser até em silêncio, mentalizando as palavras, mas sempre atentando para a necessidade do rezador estar focado no seu objetivo, seja a cura, a limpeza astral, etc.

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SINAL DA CRUZ

 

Pelo sinal da Santa Cruz, livra-nos, Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

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ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Senhor, fazei-me instrumento de tua paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvidas, que eu leve a fé. Onde houver erros, que eu leve a verdade. Onde houver ofensas, que eu leve o perdão. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz.

O Mestre, fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado, compreender, que ser compreendido, amar que ser amado.

Pois é dando que se recebe.

E perdoando, que se é perdoado.

E é morrendo que se vive para a vida eterna.

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PRECE DE CÁRITAS

 

Deus nosso Pai, que sois todo Poder e Bondade.

Dai a força a aqueles que passam pela provação, dai a luz a aqueles que procuram a verdade, ponde no coração do homem a compaixão e a caridade. Deus, dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso. Pai, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o Pai. Senhor, que a Vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste.

Piedade, Senhor, para aqueles que não Vos conhecem, a esperança para aqueles que sofrem. Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé. Deus, um raio, uma faísca do Vosso amor pode abrasar a terra.

Deixai-nos beber na fonte desta bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão. Um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor. Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos. Oh Poder, Oh Bon­ dade, Oh Beleza, Oh Perfeição.

E queremos de alguma sorte merecer Vossa infinita misericórdia. Deus, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós. Dai-nos a caridade pura. Dai-nos a Fé e a razão. Dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se deve refletir a

Vossa imagem. Que assim seja e assim será. Amém.

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SALMO 23

O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma: guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

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PAI NOSSO DA UMBANDA – PAI NOSSO DA NATUREZA

Pai Nosso que estais nos céus, nas matas, nos mares e em todos os mundos habitados.

Santificado seja o teu nome, pelos teus filhos, pela natu­reza, pelas águas, pela luz e pelo ar que respiramos.

Que o teu reino, reino do bem, reino do amor e da fraternidade, nos una a todos e a tudo que crias-tes em torno da sagrada cruz, aos pés do Divino Salvador e Redentor.

Que a tua vontade nos conduza sempre para o culto do amor e da caridade.

Dai-nos hoje e sempre a vontade firme para sermos virtuosos e úteis aos nossos semelhantes.

Dai-nos hoje o pão do corpo, o fruto das matas e a água das fontes para o nosso sustento material e espiritual.

Perdoa, se merecermos, as nossas faltas e dá o sublime sentimento do perdão para os que nos ofendam.

Não nos deixeis sucumbir ante a luta, dissabores, ingratidões, tentações dos maus espíritos e ilusões pecaminosas da matéria.

Envia-nos Pai, um raio da tua divina complacência, luz e misericórdia para os teus filhos pecadores que aqui habitam, pelo bem da humanidade, nossa irmã.

Assim seja e assim será, pois essa é a Vossa vontade, Olorum, Nosso Divino Pai Criador.

 

Bibliografia utilizada: Rituais Ervas, Banhos, Defumações e Benzimentos (ADRIANO CAMARGO)
Editora: Livre Expressão